Fakesaw Man é uma das figuras mais enigmáticas de Chainsaw Man. A aparência semelhante à de Denji levantou teorias sobre múltiplas versões do personagem. No entanto, pistas narrativas e visuais indicam que há apenas um verdadeiro Fakesaw Man. Sua presença serve como espelho distorcido do protagonista, revelando os riscos do culto ao herói em uma sociedade desesperada.
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A criação de Tatsuki Fujimoto não deixa espaço para coincidências. A suposta existência de vários Fakesaw Men se sustenta em mudanças visuais e comportamentais. Porém, essas variações refletem evolução psicológica e simbólica. A construção do personagem como contraponto direto a Denji dá sentido à escolha narrativa de manter sua identidade única.

A origem do Fakesaw Man revela um herói distorcido
Fakesaw Man surge como imitador de Chainsaw Man durante eventos caóticos da segunda parte do mangá. Sua semelhança com Denji não se limita ao visual brutal com cabeça de motosserra e serrotes nos braços. A população o confunde com o verdadeiro protagonista, o que gera admiração imediata.
Essa identidade falsa não nasce do acaso. O personagem procura representar o mesmo ideal de justiça atribuído a Chainsaw Man. No entanto, sem compreender as motivações humanas que movem Denji, o imitador acaba se tornando apenas um reflexo violento do que pensa ser um herói.
Além disso, a falta de conexão emocional com o público e a ausência de vínculos reais tornam Fakesaw Man um símbolo de idolatria cega. Ele age sem compreender a dor ou os sacrifícios envolvidos na luta contra demônios, o que o torna perigoso não por força, mas por alienação.
A conexão com o demônio do fogo e sua transformação simbólica
A aliança com o demônio do fogo é uma das pistas mais relevantes sobre a identidade única de Fakesaw Man. O fogo, tradicionalmente ligado a progresso e iluminação, ganha novo significado ao ser usado para provocar destruição e manipulação.
Essa parceria representa a inversão dos valores que definem Denji. Enquanto o protagonista estabelece um pacto sincero com Pochita, o Fakesaw Man tenta replicar esse laço com motivações equivocadas. O resultado é uma transformação grotesca, que reflete não evolução, mas degradação emocional.
Essa mudança visual do personagem, apontada por muitos como prova de múltiplas versões, reforça sua derrocada moral. O corpo se torna cada vez mais monstruoso, simbolizando a distância crescente entre intenção e consequência. O que era idealismo vira loucura, o que era admiração vira obsessão.

Fujimoto evita repetir vilões para manter foco narrativo
Tatsuki Fujimoto sempre evitou narrativas redundantes. Suas histórias priorizam o desenvolvimento interno dos personagens, sem recorrer a múltiplas versões para resolver conflitos. A existência de apenas um Fakesaw Man segue essa lógica.
Criar mais de uma versão do mesmo vilão enfraqueceria a mensagem central da trama. O Fakesaw Man existe para mostrar o que acontece quando alguém tenta ser Denji sem entender sua essência. Não há espaço para duplicidade nesse tipo de contraponto.
Portanto, os traços distintos em algumas aparições do personagem são marcas de sua jornada pessoal. Não representam entidades separadas, mas fases de um mesmo processo de queda. Ao preservar essa unidade, o autor garante força simbólica ao confronto entre ele e Denji.
A luta final é o encerramento de uma metáfora sobre identidade
O embate entre Denji e Fakesaw Man não é apenas físico. Representa o choque entre autenticidade e imitação, entre humanidade e idolatria. Denji vence não por ser mais forte, mas por compreender quem é e o que deseja.
Fakesaw Man, por outro lado, nunca teve esse autoconhecimento. Tentou copiar um símbolo sem entender o homem por trás dele. Por isso falha. Sua derrota encerra não apenas uma batalha, mas uma crítica ao culto ao herói vazio.
O arco do personagem termina quando sua função narrativa é cumprida. Ele representa o erro de seguir ideias sem reflexão. Ao existir como figura única, torna-se um alerta claro sobre os perigos de admirar ídolos sem enxergar suas falhas e motivações.