Prestes a completar 10 anos, Black Clover se consolidou como um dos shonens mais populares da atualidade. O mangá de Yūki Tabata está em seu arco final, mas o interessante é que o autor ainda não tem um final definido para a história.
Essa abordagem lembra o caminho seguido por Akira Toriyama em Dragon Ball, que continuou muito além do planejado devido ao enorme sucesso.
Assim como Toriyama, Tabata tem algumas ideias sobre como concluir a trama de Asta, mas não um roteiro fechado. Isso pode parecer surpreendente, já que a obra alcança uma década de publicação, mas é uma estratégia que deu certo para Dragon Ball. O mangá clássico ganhou elementos icônicos justamente pela liberdade criativa de seu autor, como o destaque temporário de Gohan como protagonista.
Desde sua estreia em 2015 na Weekly Shonen Jump, Black Clover manteve uma base de fãs fiel. O anime, embora popular, fez uma pausa após alcançar o mangá, evitando divergências como as vistas em Shaman King e Fullmetal Alchemist. Agora, com o mangá livre das pressões do anime, Tabata pode explorar novas possibilidades sem se prender a um final apressado.
Recentemente, foi anunciado que o anime de Black Clover seguirá um formato de “cour”, semelhante ao de Bleach: Thousand-Year Blood War, permitindo adaptações mais féis. Enquanto isso, o mangá continua a surpreender, mostrando que a falta de um plano definido pode ser um trunfo criativo.
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