Lançado em 24 de abril, Clair Obscur: Expedition 33 rapidamente se destacou, especialmente no Japão, onde recebeu aclamações pela qualidade e por capturar a essência dos JRPGs. Desenvolvido pelo estúdio francês Sandfall Interactive, o jogo surpreendeu por conquistar a crítica japonesa, uma vez que não é de origem japonesa.
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A prestigiada revista Famitsu avaliou o título com uma nota de 36/40, com os quatro críticos atribuindo 9/10 cada, o que é uma das melhores pontuações já dadas para um RPG estrangeiro.
Elementos que conquistaram a crítica japonesa
O que chamou mais atenção da Famitsu foi a combinação de elementos clássicos de JRPG com a identidade única da equipe francesa. A trilha sonora e a apresentação visual foram os primeiros aspectos elogiados, seguidos pela narrativa envolvente, que consegue manter o jogador preso do início ao fim.
O design do mapa também foi considerado um grande acerto, sendo descrito como “milagroso”. A crítica destacou que, mesmo com a complexidade do mapa, os jogadores não se perdem durante a exploração, o que é um grande diferencial para um jogo de mundo aberto.
Outro ponto importante foi o sistema de dificuldade, que agradou tanto os novatos quanto os jogadores mais experientes. Isso tornou o jogo acessível a diferentes tipos de público, permitindo que mais pessoas aproveitassem a experiência sem se sentirem frustradas.
A comparação com grandes nomes do gênero
A Famitsu não deixou de comparar Clair Obscur com os gigantes do gênero, como Final Fantasy 6 e Final Fantasy 16. O jogo foi destacado por se conectar com o legado dos JRPGs clássicos, mantendo a essência que atraiu gerações de fãs. Assim, essa recomendação reforça o quanto Clair Obscur se encaixa bem na tradição dos grandes títulos da história do gênero, mesmo vindo de um estúdio francês.
Embora o jogo tenha conquistado uma excelente nota, ele não atingiu a pontuação máxima de 40/40 da Famitsu, algo reservado para apenas os maiores jogos. Mesmo assim, a pontuação alcançada já é um grande feito para um título de fora do Japão. A revista britânica Edge também não deu nota 10 a Clair Obscur, como fez com títulos lendários, mas isso não diminui o impacto que o jogo causou na crítica especializada.
Uma carta de amor da França para os JRPGs
Antes da avaliação oficial, a Famitsu publicou um artigo descrevendo Clair Obscur como “a melhor carta de amor da França aos RPGs japoneses”. Além disso, a crítica ressaltou como o jogo consegue unir as características dos JRPGs com um toque cultural francês, criando algo único. A equipe do jogo conseguiu combinar a liberdade dos RPGs ocidentais com a narrativa forte e focada dos RPGs japoneses. Assim, ultrapassando as fronteiras entre esses dois estilos.
Sucesso global e comercial
Além do sucesso no Japão, Clair Obscur também foi muito bem recebido globalmente. O jogo obteve altas pontuações no Metacritic: 93 no Xbox Series X/S, 92 no PS5 e 90 no PC. Em apenas 12 dias após o lançamento, já havia vendido mais de 2 milhões de cópias, tornando-se um dos RPGs estrangeiros de maior sucesso.
Essa recepção calorosa tanto da crítica quanto dos jogadores confirma o impacto positivo que o jogo teve no mercado de RPGs, mostrando que é possível para títulos de fora do Japão fazerem sucesso no mundo dos JRPGs.