Popucom é aquele tipo de jogo que não tenta reinventar a roda, e talvez por isso funcione tão bem. Lançado pela Hypergryph, conhecida pelo aclamado Arknights, o título aposta numa experiência completamente diferente: aqui, o foco está na diversão em grupo, em partidas cooperativas que misturam estratégia leve com puzzles acessíveis. E o resultado, embora não revolucionário, é cativante.
- POPUCOM já está disponível na Steam e Epic Games
- Nintendo Switch 2 ganha overview em vídeo antes do lançamento
Desde o primeiro contato, Popucom entrega um universo visualmente encantador. Cores vibrantes, cenários que parecem saídos de um livro infantil e personagens com carinha de mascote de desenho animado. A ambientação é, sem dúvidas, um dos pontos altos da experiência. Não apenas por sua beleza, mas pela forma como ela dialoga com a proposta do jogo: ser leve, divertido e acolhedor.

Jogar com amigos transforma a experiência
O jogo foi claramente pensado para o multiplayer, seja local ou online. E é aí que ele brilha. Jogar Popucom sozinho não é sequer uma opção e honestamente, nem deveria ser. A proposta gira em torno da cooperação, da comunicação e do trabalho em equipe. Resolver puzzles trocando de cor, coordenando ações e ativando mecanismos só faz sentido quando há diálogo entre os jogadores.
A dificuldade é propositalmente moderada, o que não significa que falte desafio. Pelo contrário: a simplicidade das mecânicas permite que qualquer jogador entre na brincadeira, mas a coordenação necessária para avançar traz aquela dose de estratégia que mantém o interesse. É como um quebra-cabeça que você resolve dando risada com seus amigos.

Cativante, mas sem grandes surpresas
A narrativa é direta, quase simbólica: um planeta poluído, criaturas deformadas e um grupo de heróis tentando restaurar a ordem. A trama serve mais como pano de fundo para a jogabilidade do que como atrativo por si só. E isso não é necessariamente um defeito, apenas deixa claro que Popucom quer ser divertido acima de tudo, não profundo.
Ainda assim, há momentos em que o jogo parece se repetir. Alguns puzzles perdem o impacto por reutilizarem ideias, e mesmo os combates, que usam a divertida mecânica de troca de cores, eventualmente entram em um ciclo de previsibilidade. Felizmente, essa repetição não chega a comprometer a diversão, especialmente quando o jogo é curtido em doses menores, como em sessões casuais de fim de semana.

Personalização é um charme à parte
Outro ponto que chama atenção é a personalização dos personagens. Para um jogo tão focado no cooperativo, permitir que cada jogador crie seu próprio visual com trajes, acessórios e estilos é um grande acerto. Não só reforça o senso de identidade dentro do grupo, como também traz uma camada de leve roleplay para a experiência.
Mesmo sem profundidade nas opções, o suficiente está lá para que cada jogador se sinta único. E isso importa quando o objetivo é jogar junto e criar laços, mesmo que temporários, no meio desse universo colorido.

Conclusão: leve, divertido e perfeito para se jogar junto
Popucom não é um game complexo, nem pretende ser. Sua força está na acessibilidade, na beleza visual e na experiência compartilhada. É ideal para quem quer se divertir sem pressão, seja com a família, amigos ou até em lives descontraídas. O jogo acerta em cheio na proposta de criar um ambiente agradável, com desafios colaborativos e um mundo que convida à exploração leve.
Se você busca um título despretensioso, com foco no cooperativo e aquele toque de estratégia sem complicação, Popucom é uma ótima pedida. Talvez ele não fique marcado como uma obra-prima, mas certamente garantirá boas risadas e momentos memoráveis em grupo e, convenhamos, isso já é mais do que suficiente.