Noragami: Por que o Japão não gostou do anime

Rafael Shinzo
Me chamo Rafael Alves, conhecido como Rafael Shinzo. Tenho conhecimento em cultura pop japonesa, criei o AnimeNew em 2009 com a missão de oferecer cobertura confiável...

Encontrar um anime que misture boas cenas de ação, personagens carismáticos, humor equilibrado e um toque de romance não é fácil. Noragami conseguiu entregar tudo isso e ainda mais.

Lançado em 2014, o anime adapta o mangá de Adachitoka, que contou com mais de 24 volumes publicados. Produzido pelo estúdio Bones, teve duas temporadas, somando 25 episódios e 4 OVAs. No cenário internacional, a série conquistou fãs fiéis, mas no Japão o resultado foi bem diferente.

Noragamii

O sucesso fora do Japão

Noragamiiii

Enquanto no exterior Noragami ganhou destaque e se tornou referência no gênero, no Japão a recepção foi morna. O problema não estava na história ou na animação, mas no fator que definia o futuro de muitos animes da época: as vendas de Blu-ray e DVD.

Na década de 2010, antes do domínio do streaming, o mercado japonês usava essas vendas como principal métrica de sucesso. Quanto mais fãs comprassem a mídia física, maiores eram as chances de uma nova temporada.

O motivo do fracasso interno

Noragami

Apesar da popularidade mundial, Noragami vendeu pouco no Japão. As duas primeiras temporadas não atingiram números que justificassem um investimento em uma continuação. Para os estúdios, isso era um sinal claro de que o público japonês não estava disposto a sustentar financeiramente o projeto.

Mesmo com bastante material no mangá para adaptar, o baixo retorno financeiro tornou inviável uma terceira temporada.

Existe alguma esperança?

Hoje, com o streaming mudando a forma como animes são financiados, existe uma pequena possibilidade de reavaliação. Plataformas como Crunchyroll e Netflix já ajudaram a trazer de volta obras antigas, mas no caso de Noragami, sete anos após o fim da série, nada indica que o estúdio Bones tenha planos de retomá-la.

Ainda assim, a comunidade de fãs mantém viva a esperança. Afinal, como diz o ditado, “a esperança é a última que morre”.

Me chamo Rafael Alves, conhecido como Rafael Shinzo. Tenho conhecimento em cultura pop japonesa, criei o AnimeNew em 2009 com a missão de oferecer cobertura confiável e atualizada sobre animes, mangás e entretenimento direto do Japão. Com mais de uma década de atuação, o portal se consolidou como referência no segmento.